História
Surgimos no ano lectivo de 2007/2008 e temos vindo a desenvolver a nossa actividade em mais escolas das zonas de Lisboa em Coimbra. Temos atingido um nivel de qualidade e de sucesso na nossa intenção de projeto de intervenção social através da música que nos leva a ser convidados por diversas instituições Nacionais e Internacionais comno exemplo de projetos de sucesso. Foi-nos atribuido em 2010 o Prémio Nacional de Professores do Ministério da Educação (inovação) e nos anos de 2013 e 2014 fomos consididerados pela União Europeia um dos melhores projetos de intervenção social de toda a União. Em 2017 fomos menção honrosa da Fundação Manuel António da Mota (Porto) e em 2018 considerados a melhor empresa de intervenção social pelo grupo AGEAS e foi-nos atribuída a medalha de ouro comemorativa dos 50 anos da Declaração Universal dos Direitos da Humanidade pela Assembleia da República.
Somos chamados frequentemente a participar em eventos marcantes do campo político, cultural e económico de Portugal como por exemplo as comemorações oficiais da entrada de Portugal na União Europeia , lançamento do programa de fundos estruturais Portugal 2020, Final da Champions League em Lisboa, atribuição do prémio Europa Nostra (presença do presidente da República e dos Reis de Espanha), recepção ao Presidente do Parlamento Europeu, etc.
No início do ano letivo de 2007/2008, fruto de uma conversa entre o Dr. Jorge Miranda (Câmara Municipal da Amadora) e o Dr. António Wagner Diniz presidente do Conselho de Gestão do Conservatório Nacional, tomou-se a decisão de acrescentar ao projeto Geração já implantado no bairro da Boba (Concelho da Amadora), uma orquestra que aplicasse em Portugal o Sistema de Orquestras Infantis e Juvenis da Venezuela. Este sistema visa essencialmente dar um apoio social a crianças e jovens oriundos de bairros ditos difíceis, onde impera a marginalidade e o tecido familiar é muito frágil, e tem como objetivo através da prática intensiva de orquestra (trabalho de conjunto por excelência) integrar as crianças ou jovens na sociedade, aumentando-lhes a auto estima e o respeito pelo outro, de forma a se atingir um desenvolvimento harmonioso da sua personalidade e combater o absentismo escolar, a saída para a marginalidade, enfim a desnaturação da personalidade do ente intervencionado. O projeto Orquestra Geração tem revestido em Portugal um papel igualmente importante na aproximação e motivação das famílias dos alunos, no sentido de se integrarem progressivamente nas atividades da orquestra, contribuindo para o alargamento do espectro de ação do mesmo, motivando e responsabilizando todo o agregado familiar na obtenção dos resultados por nós idealizados.
Do Casal da Boba, mais especificamente da Orquestra Geração estabelecida no agrupamento de escolas Miguel Torga, o projeto alargou-se ao concelho de Vila Franca de Xira, nomeadamente ao agrupamento de escolas da Vialonga ainda em 2007/2008 e no mês de Novembro de 2008 no bairro da Mira também no concelho da Amadora (projeto que terminou no ano letivo de 2009/2010). Posteriormente, com a entrada através do POR LISBOA de outras autarquias, o projeto Orquestras Juvenis-Orquestra Geração passou a abarcar cerca de 22 escolas oficiais nas regiões de Lisboa e Coimbra. (Ver na Secção Escolas)
O desenvolvimento do projeto assentou em dois vetores fundamentais - a formação de formadores aptos a aplicar a metodologia venezuelana do El Sistema e o encontrar parceiros financeiros que garantissem a continuidade do projeto.
Tendo as orquestras Geração a sua origem no projeto Geração do bairro da Boba na Amadora, foram inicialmente financiadas pelo programa EQUAL, pela Câmara da Amadora e pela Fundação Gulbenkian, cabendo ao Conservatório Nacional a responsabilidade pedagógica e administrativa. Posteriormente outras entidades privadas foram-se associando. (Ver Parceiros em Projeto)
De salientar o fato que, desde o ano letivo de 2009/2010, o Ministério da Educação e o Ministério da Administração Interna asseguram a contratação de todos os professores da zona metropolitana de Lisboa e de Coimbra, englobando um número aproximado de 80 docentes.
Projeção Futura
O projeto tem o objetivo de ir alargando a sua intervenção a mais escolas básicas e constituir mesmo centros de recepção das crianças e adolescentes para seguirem a nossa metodologia. Participar mais em actividades ligadas ao Sistema Europa (de que somos membros da direção) quer para alunos quer para professores e divulgar o projeto como ideal para a implementação em Paises onde a percentagem de população jovem é muito grande, nomeadamente junto dos PALOPS.
Os Projetos em Funcionamento
Neste momento, estão envolvidas cerca de 1170 crianças e jovens dos 6 aos 20 anos de idade, distribuídos pelos vários instrumentos da orquestra sinfónica, de sopro, de percussão e Coro. Os professores envolvidos são dos vários instrumentos acima indicados e ainda de formação musical/coro e de expressão dramática. Estes professores são remunerados pelo Ministério da Educação, através da Escola Artística de Música do Conservatório Nacional que assegura a coordenação pedagógica geral,sendo a administrativa e executiva do projeto.assegurada pela Associação das Orquestras Sinfónicas JUvenis Sistema Portugal (AOSJSP).
A apresentação pública regular é um aspeto fulcral ao desenvolvimento de toda a metodologia potenciando o conhecimento e criação de laços de amizade que perduram no tempo e que aproximam populações por vezes com um historial complicado de coabitação e de vizinhança.
Enquadramento
O Projeto “Orquestras Sinfónicas Juvenis” - Orquestra Geração é inspirado no Sistema Nacional das Orquestras Juvenis e Infantis da Venezuela, que tem na Orquestra Sinfónica Simón Bolívar o seu expoente máximo de qualidade, dirigida por grandes sumidades do mundo da música, e que há mais de 38 anos integra nos seus agrupamentos (mais de 200 orquestras juvenis locais) crianças e jovens provenientes de bairros problemáticos, com problemas de insucesso e abandono escolar, e com dificuldades de integração social.
Este projeto constitui um caso de sucesso pelo seu contributo inovador para a inserção e desenvolvimento de crianças e jovens provenientes de meios sociais mais desfavorecidos tendo sido objeto de analises idependentes do IGOT (financiado pela Funndação Gulbenkian) e foi um dos 50 projetos identificados enquanto Boas Práticas pela Comissão Europeia (REGEA) por duas vezes seguidas, foi igualmente com este projeto que a Câmara da Amadora foi distinguida com o prémio Excelência na Educação (em 2011). Em 2010 recebeu o Prémio Nacional de Professores - inovação e em (2017/2018) fomos galardoados pela Fundação Manuel António da Mota e AGEAS.
Fomos mais recentemente galardoados com a Medalha de Ouro dos 50 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem pela Assembleia da República.
O exemplo de parceria entre as Câmaras Municipais, Ministério da Educação, Ministério da Administração Interna e parceiros privados é verdadeiramente um sucesso, tendo contribuído para o financiamento da aquisição dos instrumentos e outras iniciativas que complementam as atividades do projeto reforçando a sua influência na estrutura humana dos nosso alunos.
Objetivos
- Promover a inclusão social das crianças e jovens de bairros social e economicamente mais desfavorecidos e problemáticos;
- Combater o abandono e o insucesso escolar;
- Promover o trabalho de grupo, a disciplina e a responsabilidade para uma melhor cidadania;
- Promover a auto-estima das crianças e das suas famílias;
- Aproximar os pais do processo educativo dos filhos;
- Contribuir para a construção de projetos de vida dos mais novos;
- Promover o acesso a uma formação musical que seria impossível para a maioria das crianças e jovens que vivem em contextos de exclusão social e urbana.
Âmbito
O projeto deve ser implementado em escolas do 1º e 2º ciclo, podendo ainda abranger alunos do 3º ciclos dos respetivos agrupamentos,
Parceiros
São parceiro com uma cota de cerca de 85% de cobrimento do total da despesa os Ministério da Educação e da Administração Interna (contratos locais de segurança) e os Municípios de: Amadora, Loures, Oeiras, Sesimbra, Vila Franca de Xira, Lisboa e Almada, SCML, a Junta Metropolitana de Lisboa, Escola de Música do Conservatório Nacional (como coordenadora pedagógica do projecto) e com cerca de 15% da despesa, as Fundações Gulbenkian e Share, Associação D. Pedro V, TAP, BNPParibas, Antena 2, Radio Comercial, Rodoviaria de Lisboa, PLMJ advogados, Banco Santander Totta e Banco Caixa Geral de Depósitos, Associação S. Bartolomeu dos Alemães, Goethe Institut.